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Sobre dificuldade em aceitar ajuda.

  • Silvio Henrique Salles Machado
  • 16 de mar. de 2019
  • 1 min de leitura

Em alguma medida todos guardamos resquícios de um narcisismo infantil, de um desejo ou concepção falsa de que somos perfeitos e invulneráveis; que podemos criar e satisfazer todas as nossas necessidades sozinhos. No entanto, o que ocorre é algo muito diferente disso, pois desde o início da vida, desenvolvemos uma relação de dependência necessária, a qual persiste em graus menores até o fim de nossas vidas. O ideal é que caminhemos de um grau de dependência absoluta para uma condição de dependência relativa, mas o ser humano é um ser imperfeito e sempre precisará do outro em algum nível.


Mesmo com tudo isso ainda podemos relutar, pois, aceitar a ajuda é muitas vezes sentida como concretização de que esse mundo baseado no narcisismo não existe e isso é muito doloroso. Além disso, muitas vezes confundimos e podemos sentir fragilidade como humilhação e dependência como escravidão. No cenário desta confusão, torna-se muito difícil aceitar a ajuda do outro, mesmo que esta melhore a situação. Assim, em vez de


sentir gratidão por ser cuidado a mente é facilmente inundada de sentimentos de inferioridade.


O medo de mudar, a insegurança de ser ajudado e o receio de enfrentar a si mesmo podem ser devastadores. No entanto, se houver esperança e possibilidade de suportara esses sentimentos, o auxílio de outra pessoa, inclusive com a psicoterapia psicanalítica, pode trazer imenso desenvolvimento e melhoras.


Dias, E. O. Sobre a Confiabilidade e Outros Trabalhos. Perdizes: Dnne, 2011.

Zimerman, D. E. Fundamentos Psicanalíticos: Teoria, técnica e clínica – uma abordagem didática. Porto alegre: Artmed, 1999.

 
 
 

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